quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A minha Shakira morreu...

     Lembro-me de quando era bem adolescentizinha, 13, 14 anos. Naqueles anos a gente ouvia fitinhas cassetes e não cds. Meu pai havia me presenteado, após longa importunação minha, com uma fitinha da Shakira, do álbum Pies Descalzos. Eu ouvia sem parar aquela fitinha, e era muito engraçado (olhando do lugar de hoje) pois eu havia fixado em duas músicas, Quiero e Antologia, e como queria ouvi-las continuamente, cada vez que acabavam eu tinha que rebobinar a fita, esperar até o ponto e apertar o play novamente, para curtir de novo a canção. Bons tempos! Minhas únicas preocupações consistiam em rebobinar fitas, e estudar para provas...
      Saudosismos à parte, aquela Shakira de quem eu era fã morreu, e morreu ali mesmo, naquele álbum. Hoje virou mais uma loira rebolativa com pouco ou nenhum conteúdo musical. As pessoas mudam, todos mudam, mas nem sempre pra melhor. No caso dela, acredito que financeiramente tenha mudado para melhor, engordou as contas bancárias, se globalizou, aprendeu a falar inglês, etc.
      Mas enfim, não estou aqui para falar mal da Shakira. Quiero, pelo contrário, trazer à tona essa cálida lembrança da minha adolescência, e compartilhar com aqueles que me lerão um álbum musical de muita qualidade, com belíssimas canções...


Quero

Que eu passe minha vida devorando
Cada pensamento seu, cada passo
Que se apaguem tuas pintas e apareçam em substituição
Desenhados no seu corpo cada beijo, cada abraço

E agora que você está aqui
Eu de novo sou feliz
Posso entender que você foi feito para mim

Deixa-me te querer tanto que você se seque com meu pranto
Que escureça todo o céu e que chova até fazer poças
Deixe-me te beijar tanto até que fique sem hálito
E te abraçar com tanta força que quebre até teus ossos

E agora que você está aqui
Eu de novo sou feliz
Posso entender que você foi feito para mim

Quero me exceder, te perseguir, te cortejar
Quero amar você noite e dia
Quero gastar a minha vida
Quero amarrar você aos meu sessenta de cintura
Levar-te como tatuagem
Quero perder o senso


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