sábado, 4 de agosto de 2012

Cats, cats, cats!




Então. Sempre fui uma criança meio adoentada. Sofri desde cedo com renite e sinusite, sem falar nos ataques de asma que me metiam no hospital vez que outra. Por esse motivo sempre tive que ficar afastada de animais domésticos, principalmente dos gatos, pois o pêlo deles parecia ser uma verdadeira arma química para o meu sistema respiratório. Entrava numa casa com gato e pronto, já começava a ficar ruim. Na verdade, sofri muito tempo com a alergia. Há pouco mais de um ano é que achei um remedinho de vovó - no caso, de sogra -, que me fez melhorar milagrosamente, o óleo de rícino. Aliás, indico muito para quem tem esses problemas respiratórios. É só tomar 7 cotinhas todos os dias junto do café. Pode ser em água, ou em suco, ou numa colher mesmo, o óleo puro.
Mas, dicas de saúde à parte, sempre achei os gatos animais lindos e interessantes, mas nunca pude criar um gatinho. Quando comecei a ficar bem das minhas alergias, comecei a amadurecer a ideia de adotar um gato. No momento pensei "ah, azar, se começar me atacar eu toco antialérgico - nem que isso signifique quantidades absurdas de antialérgico".
Daí que eu convenci todo mundo, meu marido e minha vó, que por sinal não é lá muito fã de animais. Fomos eu e o Roger a cata de bichano para adotar. O Roger sabia de um lugar onde tinha - em plena sexta-feira às 18:30, porque a ânsia era grande -, e fomos lá dar uma olhada.
Acabou que chegamos lá e tinha vários filhotinhos sem lar engaiolados, e nós ficamos com um nó no peito de ter que escolher apenas um. A louca dos gatos que mora dentro de mim aqui pensou: agora eu entendo porque algumas pessoas têm tantos gatos.
Adotamos 2 bichinhos, um guri e uma guria. A guria não se adaptou conosco. Passamos momentos muitos sofridos com ela. Ela recém tinha chegado na Pet, e tinham encontrado ela no mato. Ela estava completamente arisca. Se escondia pelos cantos e ficava mais de dia sem sair pra comer. A gente começou a ficar doente de preocupação. E como passamos pouco tempo em casa, não tivemos o tempo necessário para dar atenção a ela. Talvez se tivéssemos esperado mais, ela teria sossegado, mas a gente não 'guentou' o tranco, até porque achávamos que estávamos traumatizando mais ainda a gatinha. Moral da história: levamos ela de volta para a Pet, para que outra pessoa adotasse, e outra pessoa adotou, como a moça nos contou depois. a gatinha chegou a ficar 4 dias sem comer nesse novo lar, e demorou 2 semanas para sossegar. Mas eram pessoas que dispunham de mais tempo.
Ficamos triste em devolvê-la. Mas na nossa inexperiência, a gente achou que estava até fazendo mal pra gatinha, que ela ia acabar ficando doente sem comer, dormindo pelos cantos, embaixo de estante, atrás de geladeira.
Meus sogros tentaram ajudar, ficaram um tempo com ela pra tentar amansar, meu cunhado também, até conseguiu tratar um pouco dela. Enfim... não deu.
Na época, ouvi comentários do tipo "ah, fica com o bichinho e devolve porque não quer cuidar". Gente que não sabia da merda que estava falando, mas eu perdoo essas mesquinhezas, até porque meu espírito é nobre e minha modéstia é pouca.

Acabamos ficando apenas com o pequeno Dexter. Um mês depois o levamos para vacinar, e lá estava ela, bonita e sensual, uma gata! Já estava grande, o que dificultava a adoção, pois o pessoal quer filhotinho quase sempre. Um dengo só, e os molengas aqui não aguentaram, levaram junto. E aí deu tudo mais que certo. Os dois se adaptaram super bem, hoje não se desgrudam.

Passamos por um momento tenso semana retrasada, na castração da Valkíria, foi uma semana muito preocupante. Tínhamos medo que desse alguma complicação, porque a apesar de enfaixada, ela não parava quieta, gatos né. No meio da semana a faixa desceu e começou a aparecer um pontinho, e ficamos desesperados - de novo a inexperiência - fizemos um curativo por cima, e nos saímos muito bem, em fim de contas. Sexta passada, fomos tirar os pontos e estava tudo ótimo, super bem cicatrizado. E ela já está serelepe e faceira, 'aprontando altas confusões' lá em casa.

Os dois, são verdadeiras bênçãos em nossas vidas. Até mesmo minha vó está apaixonada por eles, que vão, de vez em quando, lá pra debaixo das cobertas dela.

Quis compartilhar esse relato, porque foi um verdadeiro marco na minha vida. Só quem tem esse sentimento por esses seres tão carinhosos e sinceros, é que entende o porque dessa emoção ser tão forte. São genuínos membros da família.

E não me ataquei da alergia nenhuma vez ainda! E as duas bolinhas de pêlo dormem conosco. Aliás, até andei lendo umas reportagens médicas, que já dizem o contrário. Que até é bom o contato com os bichanos, nem que no início seja mais complicado, e principalmente no caso de crianças, pois ajuda o organismo a criar anticorpos.

As figurinhas:




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