sexta-feira, 15 de julho de 2011

Um oco cheio de tudo...

Quando eu sair das sombras,
minha face a refletir com toda força a luz do ser que não és...
tuas pupilas estarão dilatas,
tua mente acelerada e teu espírito muito longe da terra firme,
Enfrentarás uma vertiginosa viagem às profundezas do mistério
sentirás com dor a imensidão do nada
e com despeito a imensidão do tudo,
saberás da profecia que não existe,
do vazio em que flutuas,
chorarás de desconsolo...
chorarás de desespero...
até quando de teus olhos emergirem lágrimas secas...
lágrimas mudas...
estarás pronto, então,  para aceitar...
- e até mesmo ver a beleza,
da caótica inexistência de qualquer sentido...

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