Tenho agregado cada vez maior um sentimento de constante vazio, e facilmente me vejo impedida de ver qualquer sentido vago para minha existência. Comparando-me não raro a um animal condicionado pelos instintos de sobrevivência. Vejo-me decadente, sem perspectiva, sem “por que”, sem caminho, sem alma enganada. Olho para as pessoas e me pergunto o que há de ser tudo isso? Vivo de maneira a cumprir um roteiro pré-determinado. Vivo com a certeza de morrer, e então de que vale viver? Eis que a resposta viria fácil de uma boca comum. Viver para ser feliz, ou mesmo viver por que se tem que viver, sei lá eu porque cargas d’água, mas enfim. Assumindo essa filosofia, mesmo assim não encontro solução para minha ambígua vontade de viver. Nada me tem feito o espírito menos aflito.
Minhas eufóricas e efêmeras alegrias têm se tornado mais razões para minha crescente tristeza e desalento. Sem fundamento nem êxito, venho tentando trilhar um caminho óbvio. Espero uma equidade que não existe no mundo que fica do lado de fora de mim.
**Estranho é aquele homem esguio, de tristeza patética estampada aos olhos, que passa por mim nessa passarela pela manhã, com óculos desproporcionais, roupas incompatíveis ao tamanho hediondo, de magreza exagerada e olhos inexpressivos... palmas à estética fundamentada.
(20.07.2006)
[Por mim mesma, K.]
Minhas eufóricas e efêmeras alegrias têm se tornado mais razões para minha crescente tristeza e desalento. Sem fundamento nem êxito, venho tentando trilhar um caminho óbvio. Espero uma equidade que não existe no mundo que fica do lado de fora de mim.
**Estranho é aquele homem esguio, de tristeza patética estampada aos olhos, que passa por mim nessa passarela pela manhã, com óculos desproporcionais, roupas incompatíveis ao tamanho hediondo, de magreza exagerada e olhos inexpressivos... palmas à estética fundamentada.
(20.07.2006)
[Por mim mesma, K.]
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