Eu tenho esperança. Sou minha mais fiel esperança.
Eu tenho crença. Não passo de minha própria crença de que existo. Tão logo afirmo isto creio em alguma existência, que nem mesmo sei se existe.
Sou, portanto, minha crença.
Criatura urbana. Enfumaçada pelo caos dolorido e tenso.
Apedrejada pelo pó pequeno.
Como o quente, bebo o frio.
Nada que os imortais não o façam.
Nada que o surreal alcance ou que o real admire.
Eu sou, pois, mísera criatura urbana.
(06.11.2006)
[Por mim mesma, K.]
Antes de morrer devo ainda encontrar uma possibilidade de expressar o essencial que existe dentro de mim e que nunca ainda exprimi, algo que não é nem amor, nem ódio, nem compaixão, nem desprezo, mas que é o hálito quente da própria vida, vindo de longe, que traz para a vida humana a força imensurável, assustadora, admirável, inexorável das coisas sobre-humanas. Bertrand Russel (Filósofo e Matemático inglês, 1872-1970)
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