A um espelho hei de contar meus anseios e tristezas, pois com certeza há de me conhecer melhor do que eu mesma me conheço...
No mar hei de jogar minhas mágoas, meus temores, pois talvez ele consiga transformá-los em alegrias e coragem...
Pro ar soprarei meus desejos, tudo aquilo que me faz feliz e também o que não me faz, para que ele se encarregue, assim, de achar o caminho da minha felicidade.
Contarei em segredo, tomara mal guardado, às flores, de quem mais gosto nessa vida, pois assim, talvez, em complô com a natureza, elas cuidem para que nenhuma delas seja tirada de mim antes que eu me vá daqui.
Serei cúmplice do amor, para então cair em suas graças de uma vez por todas.
Então na plena plenitude, na plena euforia da perfeição, terei desejos funestos, para que então leve o melhor daqui comigo dentro de meu infinito egoísmo...
(15.04.2006)
[Por mim mesma, K.]
Antes de morrer devo ainda encontrar uma possibilidade de expressar o essencial que existe dentro de mim e que nunca ainda exprimi, algo que não é nem amor, nem ódio, nem compaixão, nem desprezo, mas que é o hálito quente da própria vida, vindo de longe, que traz para a vida humana a força imensurável, assustadora, admirável, inexorável das coisas sobre-humanas. Bertrand Russel (Filósofo e Matemático inglês, 1872-1970)
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