Antes de morrer devo ainda encontrar uma possibilidade de expressar o essencial que existe dentro de mim e que nunca ainda exprimi, algo que não é nem amor, nem ódio, nem compaixão, nem desprezo, mas que é o hálito quente da própria vida, vindo de longe, que traz para a vida humana a força imensurável, assustadora, admirável, inexorável das coisas sobre-humanas. Bertrand Russel (Filósofo e Matemático inglês, 1872-1970)
domingo, 7 de outubro de 2012
Um coverzinho matutino...
Acordei inspirada, com muita vontade tocar, e fazia muito tempo que eu não pegava a viola. Saiu isso, uma das músicas que eu mais gosto do Evanescence, não é muito conhecida, é bem lado B, precede a discografia oficial, mas é realmente muito linda e eu gosto muito de tocá-la.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
In the dust...
É estranho como algumas pessoas passam por nossas vidas e acabam ficando na poeira do caminho. É realmente muito estranho pensar, recordar aqueles que foram realmente íntimos de nossas almas em tempos passados, e que hoje não nos são mais nada, senão uma vaga lembrança, uma sensação. Um estranho que passa do outro lado da rua.
Dependendo dos ventos que apartaram os laços, muitas vezes deixam uma situação desconfortável, aquela do estranho-conhecido. Aquela na qual abaixamos os olhos ao cruzar na rua, naquele rompimento cúmplice e calado. Sem um por que, ou uma explicação clara. Muitas vezes, essa é a exata sensação, de algo perdido na poeira do caminho. A lógica nos fica devendo. A incompreensão prepondera, e colocamos o assunto no fundo de uma gaveta esquecida, em meio às teias de aranha que procuramos esquecer.
Volta e meia lembramos coisa e outra. Uma canção, um filme, um lugar. Sem melancolia ou saudade as imagens nos surgem na memória apenas como uma constatação, e mais uma vez nos fazemos a pergunta muda, não formulada, mas sentida: "como?". Às vezes chegamos a retrilhar mentalmente o caminho, tentando achar a falha, o erro, ou o exato momento da ramificação dos caminhos, mas a resposta é o nada, o eco de uma sala vazia: a realidade. Porque ao final, essas divagações emocionais não fazem qualquer diferença, não mudam ou agem sobre a realidade. Não nos inspira à nenhuma atitude nobre de resgate. Apenas nos habitam como fantasmas que vão chegando ao longo de nossas vidas. As poeiras do caminho.
Há alguns anos atrás - 8 talvez - eu ouvi essa música pela primeira vez. Ao som de um vinil na casa de um grande amigo. Tudo novo pra mim, Smiths e a degustação do Vinil. Foi um momento que nunca vou esquecer, ainda que esse amigo já não faça mais parte da minha vida, por razões que eu sinceramente incompreendo. Mais um grão perdido na poeira do caminho.
Essa semana, voltando de ônibus pra casa, o randômico do meu mp3 tocou Cemetery Gates e me transportou pra'quele momento, com muito melancolia, devo confessar...
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