Em meados dos 20 chegam as crises, as verdadeiras, mais profundas e mais estruturais crises. Adolescência... pois é... período complicado também, mas cheio de convicção, coisa que se arrefece com o tempo. Lá pelos 25, finalmente percebemos, in ou conscientemente que não vamos mudar o mundo, que não vamos ser estrelas do rock, que nossas vidas não são assistidas pelo resto do mundo, como num reality show. Que estamos no micro e não no macro. Aquela vaga impressão de protagonizar qualquer coisa vai desvanecendo.
Aprendemos a contemplar a simplicidade da vida, a simplicidade da flor. Nesse tempo já juntamos tanta informação, na ansiedade típica da idade, que já nem sabemos mais em que acreditar, nem o que proclamar como filosofia de vida.
Somos então, astros desconhecidos, celebridades anônimas, em luta por um significado, por uma atribuição de sentido, por uma explicação para tudo isso aqui...
E a motivação da vida se torna uma insidiosa expectativa por uma revelação súbita, que nos dê respostas, que nos dê sentidos...
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