Eu mesma, às vezes, me esqueço onde estou. Tento me agarrar à realidade, mas ela escorrega devagar e sempre acaba fugindo de mim. Penso nas lembranças, serão reais?
E agora, cortada ao meio pela insanidade das possibilidades, cá estou eu. De formas deformadas que se perdem no meio de tanta pressa, de tanto frio. Tento me ater aos fatos que já não me convencem mais. Tento criar um mundo que consiga fazer com que eu exista, um mundo onde eu ainda possa morrer. Um mundo onde a fome me faça sofrer e o ar me faça tossir.
Crio regras que não existem, exceto na minha cabeça, para justificar absurdos simples. Tonteio e caio dentro de mim. Corro pra fora de meus devaneios, mas eles me agarram a cintura e qualquer fio de sanidade que ainda possa possuir.
Deito, esqueço. Respiro então. Abro meus olhos e tudo que vejo é um teto poluído de sonhos deixados para trás.
Pensar menos a respeito de tanto e mais a respeito de pouco talvez deixasse que o egoísmo me corroesse aos poucos disfarçado em sorrisos doces e loucos. Sorrisos mentirosos e taciturnos. Seria feliz então? Ignorando a irrefutável realidade que me consumiria de qualquer jeito? Acho que não.
E agora, cortada ao meio pela insanidade das possibilidades, cá estou eu. De formas deformadas que se perdem no meio de tanta pressa, de tanto frio. Tento me ater aos fatos que já não me convencem mais. Tento criar um mundo que consiga fazer com que eu exista, um mundo onde eu ainda possa morrer. Um mundo onde a fome me faça sofrer e o ar me faça tossir.
Crio regras que não existem, exceto na minha cabeça, para justificar absurdos simples. Tonteio e caio dentro de mim. Corro pra fora de meus devaneios, mas eles me agarram a cintura e qualquer fio de sanidade que ainda possa possuir.
Deito, esqueço. Respiro então. Abro meus olhos e tudo que vejo é um teto poluído de sonhos deixados para trás.
Pensar menos a respeito de tanto e mais a respeito de pouco talvez deixasse que o egoísmo me corroesse aos poucos disfarçado em sorrisos doces e loucos. Sorrisos mentirosos e taciturnos. Seria feliz então? Ignorando a irrefutável realidade que me consumiria de qualquer jeito? Acho que não.
(14.04.2006)
[Por mim mesma, K.]
[Por mim mesma, K.]