quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Envergo, mas não quebro - Lenine


Se por acaso pareço
Que agora já não padeço
De um mau pedaço na vida

Saiba que minha alegria
Não é normal todavia
Com a dor é dividida

Eu sofro igual todo mundo
Eu apenas não me afundo
Em um sofrimento infindo

Eu posso até ir ao fundo
De um poço de dor profundo
Mas volto depois sorrindo

Em tempos de tempestades
Diversas adversidades
Eu me equilibro e requebro

É que eu sou tal qual a vara
Bamba de bambu, taquara
Eu envergo mais não quebro

Eu envergo mas não quebro

Não é só felicidade
Que tem fim na realidade
A tristeza também tem

Tudo acaba, se inicia
Temporal e calmaria
Noite e dia vai e vem

Quando é mar a maré
E quando já não dá pé
Não me revolto nem queixo

E tal qual um barco solto
Salto do alto mar revolto
Volto firme pro meu eixo

E em noite assim como esta
Eu cantando numa festa
Ergo o meu copo e celebro

Os bons momentos da vida
E nos maus tempos da lida
Eu envergo mas não quebro

Eu envergo mas não quebro
Eu envergo mas não quebro
Eu envergo mas não quebro


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