terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Sopa de abobrinha.

É tremendamente ridículo o que está se passando. Transcende a barreira do racional, do aceitável, do razoável, do fazível. É obsceno!
O que está acontecendo nessa porra?!
Todos já sabemos que toda essa operação opressiva dos EUA em relação ao compartilhamento de arquivos na internet não tem nada a ver com a defesa de direitos autorais, da propriedade intelectual, ou mesmo que tenha alguma mínima intenção (minimíssima que seja) que não possua raízes no estado de podridão em que se encontra o caráter humano. 
Poderiam ao menos  ter se dignado a forjar uma argumentação mais convincente. A insinceridade desse circo chega a ser assustadora. A audácia desses malandros é ultrajante!

Mas não nos preocupemos à toa não... não. O primeiro e melhor absurdo dessa história toda, é que é IMPOSSÍVEL parar com essa prática! IMPOSSÍVEL! Os downloaders que não se atordoem, deem tempo ao tempo. Qualquer pirralho de 12 anos consegue fazer estripulias na rede, um site, etc. Já eras! Tá dominado! É como querer colocar pasta de dente de volta no tubo.

Claro que fodeu com muito conteúdo, mas não tá morto quem peleia, e a internet está cada vez mais rápida e poderosa!

Isso tudo é um atentado a liberdade, e sobretudo à igualdade. Afinal, o grande problema dessa "prática criminosa" é que democratizou e socializou demais o conhecimento e a cultura. O grande e verdadeiro problema é que esses malditos pobres estão tendo acesso demais aos indicadores culturais de riqueza e poder. Está ficando  cada vez mais difícil manter os pobres como eles devem ser, ignorantes. Hoje, qualquer um que tenha o espírito curioso e intelecto sedento vai conhecer o cinema francês, a música clássica, aquele filme super underground, ou aquela banda que faz um som muito diferente.  Vai conhecer um mundo totalmente novo. Vai conhecer o mundo sem filtros: o mundo em cores.

Nossa sorte é que eles não previram isso. Estavam tão ávidos pelo dinheirão que as grandes corporações do mundo virtual vinham gerando, que não anteviram o que se operava como plano de fundo: a democratização do conhecimento. E isso não pode, isso dá medo. Isso não pode ser...  Mas vai ser!



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