A creolina espanta o indesejado bicho homem,
desinfeta e afeta o outro bicho homem,
que como bicho já não se vê.
Pingos negros pelo chão, cantos pútridos a cada esquina.
As ruas encardidas de uma sujeira incivilzada.
O público é de ninguém, e como de ninguém é tratado.
E a solidão mora na multidão apressada, descompassada.
Multidão que não enxerga nada, mas que acredita em tudo.
E para muitos, a vida passa encarnada num eterno desfile de modas...
E, sendo assim, desfilam estes nas calçadas, mijadas e imundas,
num espetáculo grotesco e pedante.
Anda rápido se dando importância,
tira fotos, sorri, fala alto.
Encena a vida - todos nós, aliás.
À noite, se conecta e fica a carregar fotos,
numa ânsia de mostrar à todos quão feliz é sua vida.
Mais que convencer à todos, quer é convencer a si mesmo
de uma felicidade artificialmente colorida.
Alguns, porém, deveras sentem aquilo que encenam,
deveras desejam aquilo que buscam.
Poucos, é verdade, cada vez menos... mas, ainda assim, alguns...
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Há 12 dias venho aqui...
ResponderExcluirE embora tenho gostado deste post e outros...
Moçoila, atualize!!!
Heheh
Bjus
hehe, pois é...
ResponderExcluirtentaremos em breve... ¬¬
beijo