Tu realmente não vês...
Não encostas mais no meu terno coração...
Mesmo com todas tuas firulas fulas, medianas e baratas...
Tão mundanas...
Só te servem de bengala... para te auto-impressionar...
Quanto esforço empreendes tu para te mostrar...
Num eterno desfile... numa comédia trágica e pedante...
Um ato que inventas e encenas como protagonista...
Comédia tosca que orgulhosamente tu chamas de vida...
E tu fazes um esforço tão exagerado e tolo...
Tudo para parecer frio e distante... indiferente...
Um esforço que só me inspira pena...
Pena esta que te figura como vestígios de amor e simpatia...
Pois teu ego é grande e voraz... engole a ti mesmo...
Entendes, meu caro! De uma vez para sempre!
Se minhas palavras são tão doces e minha voz tão suave,
É somente por ser meu coração seco e gelado para contigo...
Mas tu não vês...
Afogado num mar de aplausos imaginários...
Tu...
Fique contigo e tua eterna e mascarada solidão...
[Por mim mesma, K., nov/2009]
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