terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Ao otimismo efêmero.

Os otimistas que não me venham falar! Eu perdi, há muito, a peça que, pretensamente, pensava deter sobre o grande compasso das marionetes aqui da Terra. Não há vida, existimos, pois, nós, e não mais que isso. E que fique claro não ser esta uma visão melodramática ou minimalista, não o é. É, senão, uma conclusão. Conclusão de que existem olhos que vêem e bocas que falam. Entretanto, olhos e bocas que divergem em grau altíssimo e mesmo assim juram uma concordância demagoga e sincera. O raciocínio não é lógico, devo admitir, talvez demasiadamente particular, mas certamente mentiroso. O que é verdade? Seguindo a linha de raciocínio (!) então, posso dizer que a verdade não passa de um monte de bocas e olhos. A verdade é milhões de possibilidades ilógicas e latentes, iminentes e imanentes. A verdade trás consigo a mentira nas costas que de hora em hora troca de lugar com ela e faz com que todos nós mudemos nossas bocas e olhos.



'Sou mais uma que vai morrer. Mais uma que será esquecida, na essência, de todo, como todos são.'



(24.10.2006)

[Por mim mesma, K.]

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