Os discursos inflamados, que pregam as revoluções, que clamam por mudanças. Discursos que volta e meia pipocam febrilmente num modismo vazio ao longo da história. Esses discursos muito pouco ou quase nunca saem da boca daqueles que são propriamente o objeto da fala. Talvez por isso, esses discursos nunca encetem ou inspirem mudanças verdadeiras e permanentes. Não são genuínos e obedecem, via de regra, mais a uma tendência sazonal do indivíduo do que a um desejo coletivo de superação. Nunca querem desbestializar os bestializados. É preciso que a besta continue existindo, alimentando os discursos pomposos de uma elite burguesa que nada sabe da vida para além das teorias livrescas. Esses discursos alheios da realidade nunca chegam ao cerne de qualquer questão. São adereços que figuram na prateleira, junto das roupas que encarnam o personagem preocupado, estiloso e, sobretudo, descolado, - bem ao lado daquilo que conhecemos como hipocrisia.
[Por mim mesma, K.]
Um comentário:
Tem roupeiros cheios.
Dos que discursam
e dos que balançam a cabeça em concordancia.
eu, sinceramente, em toda minha inconsequencia "juvenil" estou cá sem paciencia.
ultimamente, pra nao mandar a pqp, tiro a legenda. total.
e muito mais...
Postar um comentário